Para cursar biomedicina, o estudante deve ser curioso, investigador e persistente. “Sempre gostei de responder e gerar novas perguntas. Queria ser cientista. Escolhi cursar biomedicina porque é um curso multidisciplinar com foco na carreira científica", diz Luciana Romão, professora do Instituto de Biomedicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Dentre as principais disciplinas do curso, estão: histologia, fisiologia, farmacologia, biologia celular e molecular e bioquímica. Há também as matérias práticas de técnicas laboratoriais e os estágios, para o aluno escolher a área em que desenvolverá o projeto final.
Nos estágios, além da aplicação de técnicas, os estudantes participam de seminários do laboratório, no quais são debatidos resultados científicos e artigos. "Isto contribui para a formação de espírito crítico desses alunos e a elaboração de seu raciocínio científico”, avalia Luciana Romão.
O que faz
O biomédico está a serviço da saúde e da ciência, podendo desenvolver projetos multidisciplinares de pesquisa na área biológica. As áreas de atuação estão ligadas às ciências médicas e biológicas, como histologia, fisiologia, farmacologia, biologia celular e molecular e bioquímica.
Áreas de atuação
Em geral, o caminho trilhado pelos formados é a pesquisa básica em laboratórios de universidades e instituições de ensino. Existe também a opção de trabalhar no ramo laboratorial clínico, com funções que vão desde os exames de sangue até a fertilização in vitro, e em indústrias, na área de controle de qualidade de produtos.
Especialização
Os cursos oferecidos na área da biomedicina são basicamente de sctricto sensu, ou seja, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Por sua característica multidisciplinar, o curso de biomedicina recomenda que os alunos passem por laboratórios de diferentes áreas, como biologia molecular, biologia celular, bioquímica e análises clínicas. “É importante que ele mude de laboratório e frequente outros centros de pesquisa, para ter a dimensão do campo de atuação do profissional”, explica Gustavo Dubois, graduado em biomedina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorando do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ em co-tutela com a École Doctorale 3C da Université Pierre et Marie Curie, na França.
Gustavo conta que dois fatores o levaram a escolher a carreira: o desejo de trabalhar em algo que exigisse uma extensa atualização e o fato de ter conhecido a prática laboratorial quando fez curso técnico em química. Ele acredita que com o apoio financeiro dos órgãos de fomento e o avanço científico e tecnológico no Brasil, o campo de trabalho está crescendo. “Espero poder terminar minha tese de doutorado e prestar concurso público para ser professor em uma universidade pública no Brasil, onde poderei exercer minhas aptidões científicas e minha vocação para a docência.”