Home

Biotecnologia
Atividade estratégica

Leila Pontes: 'caminho promissor para que o futuro técnico exerça seus sonhos' (Foto: Raul Santana)
Originada nos processos fermentativos da Antiguidade, com o uso de microrganismos para a produção de bebidas alcoólicas e de medicamentos, a biotecnologia desponta atualmente como um setor de grande impacto social. Segundo a coordenadora do curso técnico em Biotecnologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ, antigo Cefet Química) - unidade Maracanã, no Rio de Janeiro, Leila Pontes, os avanços expressivos das técnicas biotecnológicas no mundo atual, fazem com que esta área seja considerada estratégica para o desenvolvimento tecnológico do país.

“Hoje, o curso de biotecnologia é um caminho promissor para que o futuro técnico exerça profissionalmente os seus sonhos: é uma área de fronteira. O advento das células-tronco, com uma proposta enorme de aplicação terapêutica, é um dos exemplos de como se pode associar o trabalho com temas científicos às práticas voltadas à melhoria da sociedade. Quando professores treinam seus alunos nos laboratórios da escola usando técnicas bioquímicas, de biologia molecular, cultura de células animais e vegetais, dentre várias, estão efetivamente preparando os profissionais de biotecnologia para os desafios do mercado de trabalho. Assim, conseguem prenunciar sua função social. Isso é inspirador” destaca.

Criado em 1988, o curso técnico de biotecnologia do IFRJ oferece uma sólida formação geral baseada no tripé química-física-biologia, associado ao domínio das principais técnicas de ponta da biotecnologia. “O curso tem o objetivo de capacitar técnicos de nível médio para atuar nos diversos setores e instituições/empresas onde se desenvolvem atividades biotecnológicas, englobando os principais ramos da biotecnologia: biotecnologia animal e humana; biotecnologia vegetal; de microrganismos e de processos industriais. O mercado de trabalho que abrange o setor público e privado está em plena expansão para os técnicos da área”, afirma Leila Pontes.

O que faz

Esse profissional desenvolve atividades de apoio à pesquisa, atua na produção e nos processos industriais biotecnológicos, na produção agropecuária; nas análises e diagnósticos laboratoriais clínicos, veterinários e fitopatológicos; no controle de qualidade microbiológico e oferece, ainda, subsídio a profissionais como biólogos, médicos, farmacêuticos e engenheiros agrônomos. Poderá trabalhar com o cultivo em laboratório de microrganismos, vírus, células animais e vegetais; com acondicionamento, esterilização e manutenção de produtos industrializados, agropecuários, hospitalares e laboratoriais em geral, entre outras atividades.

Áreas de atuação

Hospitais, universidades e institutos de pesquisa; laboratórios de análises clínicas, patológicas, forenses (perícia criminal), de exame de paternidade, de aconselhamento genético, reprodução humana e animal, terapia gênica e controle de qualidade; em indústrias químicas, de alimentos, de cosméticos, de bebidas, farmacêuticas e agroindústria; bancos de células e tecidos; consultoria e escritórios de advocacia na área de patentes e propriedade intelectual; instituições profissionais de ensino; secretarias de inspeção, controle sanitário e preservação do meio ambiente.

Decisão inesperada

Foto de estudante de biotecnologia realizando experimento em laboratório, ao lado da professora Para a família de Nara de Oliveira Ferreira já era certo que ela faria o curso técnico em química, por influência de sua mãe, que é professora dessa disciplina no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ, antigo Cefet Química) – unidade Maracanã, no Rio de Janeiro. Mas quando viu o edital da prova para ingresso nos cursos técnicos, Nara se interessou pela biotecnologia.

“Minha família ficou surpresa com a minha decisão, mas todos me apoiaram, principalmente a minha mãe. Apesar de saber pouco sobre o curso, vi que havia muitas disciplinas de biologia, que eu gosto bastante. Por isso, acabei escolhendo a biotecnologia”, afirma.

Cursando o 7º período e fazendo estágio no laboratório da própria instituição, Nara diz se sentir realizada. “O curso é ótimo e tem um nível de ensino excelente. Correspondeu totalmente às minhas expectativas. Quando terminar, quero trabalhar como técnica em qualquer área, embora goste mais da biotecnologia animal. Pretendo também fazer faculdade relacionada com essa área, que é onde quero atuar”. Para os jovens interessados nesse campo, Nara avisa: “É preciso estudar muito e se dedicar mesmo. Mas vale a pena!”