Até o primeiro ano do ensino médio, Vanessa Alves Morais não tinha idéia da profissão que iria escolher. Várias opções passaram por sua cabeça, mas nunca havia cogitado a possibilidade de ser dentista. Até que um dia, uma amiga comentou: “Você tem cara de dentista!” A partir daí, Vanessa conta que começou a ver a odontologia com outros olhos. “Quando ela falou achei estranha a idéia, mas depois comecei a pesquisar sobre a profissão e fui conversar com a minha dentista. Aos poucos passei a me interessar e no segundo ano do ensino médio já estava decidida que era isso que queria fazer.
Cursando o 8º e último período da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Vanessa diz que está muito feliz com a sua opção e que o curso superou suas expectativas. “Os primeiros períodos são muito básicos, a gente só começa a ter contato com o dente a partir do 2º, 3º período. Mas o curso é ótimo, eu gostei muito”, destaca a jovem, que dá um recado para quem está pensando em ser dentista:
“Apesar de haver muitos profissionais no mercado, se você gosta da odontologia, não deixe de fazer o curso. Infelizmente, existem muitas pessoas desqualificadas. Então, se você for bom, certamente haverá um lugar para você”, conclui.
O que faz
Responsável pela prevenção e pelo tratamento das doenças da boca e suas estruturas associadas, como articulação têmporo mandibular (ATM) e ossos da face, o cirugião-dentista tem hoje à sua disposição inúmeras especialidades, podendo acompanhar o tratamento desde a gestação até a terceira idade. Entre as ações desempenhadas, destacam-se: restauração, extração e limpeza dos dentes; desenvolvimento e instalação de próteses e dentaduras; realização de cirurgias e ainda prevenção e tratamento de doenças bucais.
Áreas de atuação
O profissional de odontologia pode trabalhar na iniciativa privada, em clínicas ou como profissional liberal, no serviço público, em universidades, se escolher seguir a carreira acadêmica, ou no campo da pesquisa.
Especialização
Existem muitos cursos de especialização, que variam de um a dois anos. Os principais são: odontopediatria, endodontia, prótese dentária, implantodontia, imagenologia (radiologia), cirurgia buco-maxilo-facial, periodontia, odontogeriatria, estomatologia e dentística restauradora.
Quem escolher a carreira de dentista já deve saber que a conclusão da faculdade é só a primeira etapa da formação profissional. Com tantas especialidades e inovações, é praticamente impossível não continuar estudando. O cirugião-dentista, Alexandre Vidigal, especialista em dentística restauradora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduando em implantodontia oral pela Unigranrio ressalta que quem se limita à graduação perde espaço no mercado de trabalho.
“Ao concluir o curso, o profissional está apto a realizar procedimentos simples de cada uma das áreas de especialização. Entretanto, se o paciente necessitar de um tratamento mais apurado em alguma dessas áreas, ele terá que ser encaminhado a um especialista. Atualmente, é praticamente impossível um profissional de odontologia não buscar uma especialização. Aliás, o ideal é que faça mais de uma”, explica.
Habilidade manual, prestreza de um cirurgião, conhecimentos de um professor. Esses são alguns dos atributos que Alexandre Vidigal destaca como importantes para quem deseja se tornar um dentista. “A complexidade da odontologia exige do profissional inúmeras qualidades. Por isso, é preciso dedicação, muito estudo e amor à profissão”, afirma.